Plenário retomará votação de projeto que libera a terceirização no país

13/04/15

O plenário da Câmara de Deputados, em Brasília, recomeça amanhã, dia 14, a votação do PL 4330, que escancara a terceirização no país. Sindicato é radicalmente contra o projeto – leia a nota do presidente Álvaro Quintão.
Esta semana o plenário também poderá aprovar em 2º turno a PEC da Bengala, que aumenta a compulsória dos ministros do Supremo para 75 anos, outro absurdo que está sendo feito por esta legislatura – leia mais aqui.
As centrais sindicaos (CUT, CTB, Intersindical/CCT, NCST e CSP-Conlutas) convocaram greve geral para esta quarta, dia 15, em oposição ao PL – leia mais. Segundo a centrais, Dos 324 deputados que disseram sim ao PL4330, 189 são empresários.
Na semana passada, o PL foi aprovado em primeiro turno – leia aqui os nomes dos deputados que votaram pela aprovação.
A seguir, matéria do site da Câmara sobre a ordem do dia no Congresso, que prevê a votação de centenas de emendas.
Site da Câmara de Deputados (Zeca Ribeiro): A regulamentação da terceirização continua na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados a partir de terça-feira (14). Os deputados votarão as emendas e os destaques apresentados ao texto-base do deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA) para o Projeto de Lei 4330/04.
Os partidos que são contra alguns aspectos da terceirização vão tentar mudar, por exemplo, a possibilidade de ela ser usada inclusive para as atividades-fim da empresa contratante. Esse é um dos pontos mais polêmicos, pois os sindicatos temem a precarização da relação trabalhista. Já os defensores argumentam que isso aumentará o número de empregos.
Também poderá ser discutido o tipo de responsabilidade da empresa contratante em relação aos direitos trabalhistas, se ela será subsidiária ou solidária. O texto prevê que será solidária, permitindo ao trabalhador processar a contratante e também a contratada, apenas se a empresa contratante não fiscalizar os pagamentos devidos pela contratada.
Aposentadoria compulsória
O Plenário pode votar ainda, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 457/05, do Senado, que estende de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Para ser aprovada, a PEC precisa de um mínimo de 308 votos.