Há 45 anos, o país parou por causa da morte de um estudante

29/03/13

No dia 28 de março, o assassinato do estudante Édson Luis de Lima Souto pela PM do Rio completou 45 anos.
Ele morreu baleado em 1968 por um policial, no restaurante estudantil mais conhecido como “Calabouço”, no Centro do Rio.
A PM invadiu o restaurante para reprimir uma manifestação contra as reformas estudantis que a ditadura militar queria implementar.
Os colegas de Édson levaram o corpo dele para a então Assembleia Legislativa do estado da Guanabara, atual Câmara de Vereadores, na Cinelândia (foto abaixo).
O assassinato deu início a uma mobilização massiva nos centros urbanos contra o governo militar – no Rio, os estudantes conseguiram convencer parte da sociedade a protestar contra a morte de Édson, com o slogan “Mataram um estudante, podia ser seu filho”.
O auge do movimento ocorreu em junho, com a passeata dos 100 mil. Mas ao final daquele mesmo ano, a ditadura endureceria ainda mais o regime, editando o Ato Institucional 5, suspendendo várias garantias constitucionais.
Estão previstas diversas manifestações estudantis na semana que vem no Rio para lembrar a morte de Édson e protestar contra o golpe militar de 64, aplicado exatamente em 1º de abril.
Nesta matéria da EBC, você pode assistir as imagens do enterro de Edson Luís feitas pelo cineasta Eduardo Escorel. Este filme de 12 minutos estava sumido durante 40 anos e foi recuperado recentemente – clique aqui para ler.