Aumento do piso salarial do estado está há dois meses parado no governo do Rio

17/02/16

Do site do jornal Extra (Pollyanna Brêtas) – matéira de 16/02: As votações do ano legislativo começam hoje (terça, dia 16), mas sem perspectiva de votação do novo piso regional do Rio. A Secretaria estadual de Trabalho e Renda (Setrab) e as federações que representam os trabalhadores e patrões assinaram, em 18 de dezembro, um acordo sobre o índice de reajuste e a redução do número de faixas salariais. Portanto, há quase dois meses, a proposta está parada na Secretaria estadual da Casa Civil, que não informa quando enviará o texto à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para apreciação dos deputados estaduais.
O projeto prevê um aumento de 10,37% para o piso regional. Com isso, a faixa 1, que inclui as domésticas, passaria de R$ 953,47 para R$1.052,34, a partir de 1º de janeiro deste ano. Seriam R$ 98,87 a mais, que fariam toda a diferença para garçons, auxiliar de serviços gerais, cuidadores de idosos e trabalhadores de pet shops, entre outros profissionais. No ano passado, o reajuste foi aprovado em 19 de março, retroativo a 1º de janeiro.
Pelo novo texto, o piso passaria a ter seis faixas salariais, em vez de oito. A segunda incluiria trabalhadores de serviços administrativos, cozinheiros e operadores de caixa, com um piso de R$ 1.091,12. A terceira, com porteiros, operadores de máquinas, barmen e outros, teria renda de R$ 1.168,60. Para técnicos em enfermagem e contabilidade, subiria para R$1.415,98. A quinta faixa, para docentes de nível fundamental, com regime de 40 horas, receberia R$ 1.956,05. Por fim, a última faixa — com arquivistas, advogados, jornalistas e fisioterapeutas — pagaria R$ 2.684,99.
Foi a primeira vez em que representantes das centrais sindicais, empresários e governo chegaram a um consenso sobre o percentual de aumento, que corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado em 12 meses, até dezembro de 2015.